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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Benefícios do Pilates para atletas de MMA


Benefícios do Pilates para atletas de MMA

                                         

Por Vinícius Vitale
Educador Físico (CREF 050949-G/SP) e Fisioterapeuta (CREFITO SP/ 139749-F)
Em formação STOTT PILATES®
COORDENADOR Pilates StudioFit/METALIFE


Com o enorme sucesso de atletas brasileiros no UFC (Ultimate Fighting Championship), as Artes Marciais Mistas (MMA) vêm conquistando cada vez mais adeptos da modalidade no Brasil. Esse estilo de luta exige que o atleta adquira conhecimento e técnica de diferentes modalidades como, por exemplo, Jiu-Jitsu, muay-thai, boxe, caratê, Kickboxing, judô e tae kwon do. Sendo assim, o MMA é um esporte de contato que inclui tanto golpes de combate em pé quanto técnicas de luta no chão, utilizando punho, pés, cotovelo e joelhos, além de técnicas de imobilização.

Pensando na preparação física desses atletas o Pilates aparece como uma excelente opção para a melhora da performance dos lutadores, como um meio de minimizar os efeitos adversos do processo de treinamento pré e pós-competição, desenvolvendo uma melhora do bem-estar físico e mental do atleta.

Pode parecer um tanto quanto estranho relacionar o Pilates ao MMA pela forma como os exercícios são realizados, por não ser focado em aumento de massa muscular e por não ser um tipo de luta obviamente. No entanto, o método pode oferecer algo a mais, ser um diferencial para complementar o treinamento do lutador.

Pilates consiste em um sistema alternativo de movimento que ensina as pessoas a conhecerem e respeitarem os seus corpos. Trata-se de um método de treinamento físico e mental que pode ser usado tanto para condicionamento quanto prevenção e reabilitação, baseando-se em alguns princípios.

A respiração, indispensável na prática do Pilates, é um princípio muito importante, pois o controle pulmonar exigido para realizar os exercícios é muito útil no que diz respeito ao condicionamento físico.

É possível criar inúmeros exercícios, sempre fundamentados pelos princípios do Pilates, onde o atleta poderá realizar movimentos funcionais específicos da modalidade MMA, aprimorando cada vez mais sua técnica, através da melhora do gesto esportivo e consequentemente aumentando o seu desempenho durante a luta.

Entre os benefícios do Pilates para os atletas de MMA, podemos destacar um maior desenvolvimento da coordenação motora, consciência corporal e controle muscular fundamental na execução dos gestos esportivos, melhora na circulação e oxigenação sanguínea, além de promover um bom condicionamento físico geral, aumento da flexibilidade e um alinhamento postural adequado.

Um lutador com alto nível de flexibilidade tem uma chance maior de obter sucesso em lutas de solo, como o Jiu-Jitsu e a Greco-Romana, pois facilita a fuga de uma submissão, ao mesmo tempo em que dá mais opções para finalizar o oponente. 

O Pilates ainda pode atuar na reabilitação de atletas de alto nível e, o mais importante, auxiliar no trabalho de prevenção de lesões, corrigindo os desequilíbrios musculares que causam desconforto, diminuindo a sobrecarga e o gasto de energia durante os movimentos, além de reduzir dores musculares, melhorar o equilíbrio e a força.

É válido lembrar que é muito importante que as sessões de Pilates devem ser sempre orientadas por um profissional qualificado com formação em Pilates, cabendo ao mesmo a progressão segura na evolução dos exercícios dentro da capacidade física de cada atleta.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Hérnia de Disco

Hérnia de Disco

July 27th, 2012 by Revista Pilates

Por Carla Hoffman
Fisioterapeuta (CREFITO: 143420-F)
Instrutora de Pilates em formação STOTT PILATES®

A hérnia de disco lombar é caracterizada pelo deslocamento do núcleo pulposo para os espaços intervertebrais (centro do disco que se localiza entre as vértebras da nossa coluna).
Admite-se que 80% da população mundial adulta têm ou terão lombalgia, 30 a 40% desta população apresentam hérnia de disco lombar de forma assintomática e 2 a 3% já estão acometidos pelo sintoma desta patologia, cuja prevalência acima dos 35 anos é de 4,8% no universo masculino e 2,5% no feminino. A idade média para o aparecimento da primeira crise de dor é de aproximadamente 37 anos, sendo que em 76% dos casos há antecedente de dor lombar uma década atrás.
A maioria das hérnias ocorre na região lombar, mas também existem hérnias da região torácica e cervical. Neste texto iremos abordar as hérnias de disco lombares, e para compreendermos o que é a hérnia de disco e seus sintomas, é necessário entendermos como funciona a anatomia e a biomecânica da coluna lombar.
A coluna lombar é formada por cinco vértebras lombares (L1 a L5), são mais robustas e por isso, suportam a descarga de peso, a coluna lombar realiza principalmente flexão e extensão, aproximadamente 40° e 35° respectivamente e apenas 5° de rotação. Com esses movimentos, o disco intervertebral, que pode ser descrito como sendo um conjunto de amortecedor, feito principalmente para suportar as pressões que são impostas as vértebras, se movimentam junto com a coluna, quando ocorre a flexão o núcleo do disco se desloca posteriormente e quando ocorre a extensão o núcleo do disco se desloca anteriormente.
A estabilidade da coluna ocorre de maneira passiva e ativa, entre os estabilizadores passivos estão os ligamentos longitudinais anterior e posterior, sendo o anterior mais largo e o posterior mais delgado. Já os estabilizadores ativos, ou dinâmicos, são os músculos profundos do CORE (centro do nosso corpo) que são: o transverso do abdômen, assoalho pélvico, multífídos e diafragma que formam um cilindro de sustentação da coluna, estes são essenciais ao movimento, proporcionando estabilidade e proteção, absorvem os choques e nutrem as articulações.
O que ocorre inicialmente em sua fisiologia é a diminuição dos proteoglicanos no disco intervertebral que são responsáveis pela hidratação do núcleo pulposo. Com a conseqüente perda das propriedades do núcleo pulposo mais pressão é transmitida para o disco intervertebral, o núcleo perde suas propriedades hidráulicas de amortecedor das pressões e as fibras do disco intervertebral tornam-se mais susceptíveis a ruptura e como conseqüência maior a chance de ocorrer hérnia de disco (quando o núcleo de desloca para fora). Com isso, a hérnia de disco comprime as raízes dos nervos e medula, que estão próximas a ela.

                             
Foto: google.com
Quando a hérnia de disco ocorre na região lombar, causará os sintomas de dor lombar e/ou dor em pernas, e/ou parestesia (formigamento) em pernas e/ou fraqueza em pernas. O local da perna que será afetado dependerá de qual altura da coluna lombar surgiu a hérnia de disco e, consequentemente, qual a raiz do nervo ciático que está comprimindo. Além disso, as lesões da coluna vertebral são atribuídas ao desequilíbrio e desalinhamento desta estrutura, ou seja, a má postura.
Fatores hereditários são os que mais provocam hérnia de disco, os fatores como os traumas de repetição no trabalho e no esporte, traumas direto, o fumo e a idade avançada também são motivos de lesões degenerativas. O sedentarismo é um fator determinante para dores nas costas oriundas da hérnia de disco e de outras doenças, pois as pesquisas comprovam que a atividade física qualitativa para coluna é um fator de extrema importância para melhora e prevenção das dores nas costas.
Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar e hérnia de disco estão:
•Trabalho físico pesado
•Postura de trabalho estática
•Flexionar e girar o tronco freqüentemente
•Levantar, empurrar e puxar
•Trabalho repetitivo
•Vibrações
•Psicológicos e psicossociais (por exemplo: ansiedade e estresse)
Para tratar a hérnia de disco temos duas opções o tratamento cirúrgico e o conservador. Como a disfunção dos tecidos moles pode alterar o movimento articular e diminuir a eficácia da mobilização-alongamento da articulação, o tratamento frequentemente inicia-se com fisioterapia para diminuir a dor e o espasmo muscular e aumentar a mobilidade dos tecidos moles.
Portanto, o objetivo passa a ser de melhorar o grau de mobilidade músculo-articular, diminuir a compressão no complexo disco vértebras, fortalecer os músculos profundos e posturais da coluna vertebral através de exercícios terapêuticos específicos enfatizando o controle intersegmentar da coluna lombar, cervical, quadril e ombro, promovendo uma postura e uma estabilidade adequada.
Com os princípios abordados pelo método Pilates é possível manter os benefícios decorrentes do tratamento, através da respiração melhoramos os sintomas de ansiedade e estresse, com os exercícios, que enfatizam a estabilização da pelve, caixa torácica, ombros e cervical, fortalecemos a musculatura profunda e global, melhoramos a flexibilidade, equilíbrio e com isso obtemos uma maior consciência corporal mantendo uma postura mais alinhada e protegida.


terça-feira, 16 de outubro de 2012

A força do pilates

A força do pilates

O método começa a ser indicado por médicos e ganha espaço dentro dos hospitais para auxiliar na recuperação de males como dor, câncer e doenças neurológicas

Rachel Costa

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No mundo do fitness, a explosão de novas modalidades é uma constante. Mas, normalmente, com a mesma velocidade com que surgem, elas desaparecem após poucos meses. Quando resistem, tornam-se aqueles fenômenos que mudam a história da malhação e a maneira como enxergamos a atividade física. Foi assim com o surgimento da aeróbica, com a expansão da musculação e assim está sendo com o Pilates. Criado pelo alemão Joseph Pilates durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o método rapidamente caiu no gosto dos bailarinos, que o usavam como complemento ao treino. Mas foi só a partir da década de 90 que se popularizou, atraindo milhares de adeptos em todo o mundo e tornando-se a maior revolução do fitness dos últimos anos. Só nos Estados Unidos, primeiro país a receber um estúdio com aulas da modalidade (ministradas pelo próprio Pilates em Nova York), estima-se que cerca de dez milhões de pessoas o pratiquem. No Brasil, não há dados precisos, mas o crescimento pode ser observado pela grande quantidade de estúdios e de pessoas que se confessam fãs do Pilates. “A rápida percepção dos resultados incentiva cada vez mais gente a aderir à técnica”, analisa a fisioterapeuta Solaine Perini, presidente da Associação Brasileira de Pilates. “Isso faz dele o método de condicionamento físico que mais ganha adeptos no mundo.”

As razões para se buscar o Pilates são as mais variadas. Há desde os desejosos de esculpir o corpo (inspirados por celebridades como a cantora Madonna, que credita parte de sua boa forma à técnica) até os interessados em exercícios capazes de ajudar na prevenção ou na recuperação de problemas como dores e lesões. Como anseios tão diferentes cabem dentro de um mesmo método? “Pilates se preocupou em criar uma técnica que trabalha a saúde como um todo”, considera Inelia Garcia, uma das primeiras instrutoras do método no Brasil e hoje dona de um império com mais de 47 estúdios e dez mil alunos espalhados por todo o País. “O corpo torna-se mais forte, flexível e resistente”, diz. “Na parte mental, os exercícios melhoram a concentração e a memória. E o trabalho com a respiração ajuda no controle das emoções”, completa.
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A abrangência das lições deixadas por Pilates chama mesmo a atenção. Vem de uma preocupação constante que guiou o seu trabalho: imprimir ciência à técnica. Toda a metodologia de Pilates parte do conceito de “centro de força” (ou power house). O termo, por ele criado, define a região central do corpo humano. “São os músculos da coluna, do quadril, das coxas e do entorno do abdome”, diz Aline Haas, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e instrutora certificada pela Pilates Method Alliance, dos Estados Unidos. “Eles são os flexores e extensores da coluna e do quadril e estão na musculatura profunda da pelve.” De acordo com os princípios preconizados por Pilates, fortalecer essa região é a melhor maneira de garantir uma boa sustentação para o corpo humano.
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RECEITA
Lech é um dos médicos que indicam a prática aos pacientes
Ao compreender o trabalho muscular realizado durante os movimentos, Pilates criou exercícios e aparelhos capazes de estimular os músculos, inclusive os mais profundos e em geral pouco acionados no cotidiano. Os resultados são tão impressionantes que têm ocupado o tempo dos cientistas. Parte deles está especialmente interessada em levantar mais do que transformações corporais que o método pode proporcionar. Querem conhecer as suas possíveis indicações terapêuticas.

E o que se descobriu até agora é alentador. Um exemplo: trabalhos demonstram que a técnica pode ser eficaz para a redução das dores, com efeitos animadores em casos de dor lombar e de fibromialgia (dor crônica sem origem aparente, mais comum em mulheres, e sentida em vários pontos do corpo). Um dos estudos pioneiros foi feito no Departamento de Medicina do Esporte e Reabilitação do Instituto Ortopédico Gaetano Pini, na Itália. Os pesquisadores recrutaram 43 pacientes com dor lombar. Parte deles fez Pilates, enquanto os demais foram submetidos ao tratamento da Escola da Coluna (método fisioterapêutico criado na década de 60). Ao fim de dez dias, quem praticou Pilates teve ganhos similares aos da fisioterapia tradicional, mas com uma vantagem: estava muito mais contente. Entre os que tiveram aula de Pilates, 61% declararam-se muito satisfeitos com a terapia, contra 4,5% entre os que foram submetidos à outra técnica.


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RECURSO
Simone, do hospital Albert Einstein (SP),
usa a técnica na reabilitação de lesões
Corrobora com o trabalho italiano a revisão proposta pelo fisioterapeuta Edward Lim, do Hospital Geral de Cingapura – a primeira sobre o tema. Lim reuniu sete pesquisas de diversas partes do mundo. Todas sobre o efeito do Pilates em pacientes com dores na parte inferior da coluna. A conclusão: o método é realmente válido para tratar o problema. “Mas os exercícios precisam ser estruturados para atender aos variados quadros clínicos dos pacientes”, disse Lim à ISTOÉ.

Como o que ocorre com a dor lombar, o uso da técnica para casos de fibromialgia também vem ganhando respaldo científico. Em especial após a divulgação dos primeiros resultados de uma pesquisa realizada na Universidade de Uludag, na Turquia. A equipe acompanhou 50 voluntárias durante 12 semanas. Divididas em dois grupos, metade das mulheres frequentou aulas de Pilates e as demais foram orientadas a praticar exercícios de relaxamento e alongamento em casa. Enquanto o primeiro grupo relatou melhoras significativas na dor, o segundo teve alterações positivas bem pequenas.

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CLÍNICA
No Hospital Brasil (SP), a fisioterapeuta Marta atende pacientes indicados por médicos
As comprovações têm encorajado médicos a indicar a técnica a seus pacientes. “É um recurso muito útil, em especial nos casos de dor nas costas sem causa específica”, afirma o traumatologista e ortopedista Alberto Mendes, de São Paulo. “Além do alongamento e do equilíbrio postural, o Pilates faz um trabalho de fortalecimento muscular muito positivo, pois ajuda na sustentação da coluna”, diz o médico. O reconhecimento da importância do método também pode ser medido por sua incorporação pela fisioterapia. “Temos uma resolução que ampara o fisioterapeuta no uso do Pilates como recurso terapêutico”, diz Wiron Correia Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Fisioterapia.

A chave para entender esses benefícios está em um dos fundamentos preconizados pelo alemão Pilates: o equilíbrio. “Quando as cadeias musculares estão em equilíbrio, há redução da dor”, explica Osvandré Lech, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia, que também indica o método. Pessoas em busca de redução da dor já formam um grupo comum nos estúdios. “Em 80% dos casos, nossos alunos vêm com esse objetivo”, conta Juliana Takiishi, coordenadora de Pilates do Centro de Bem-Estar Levitas, em São Paulo. Parte deles chega às aulas por conta própria. A outra, por recomendação médica.

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O fluxo de pacientes dos consultórios para os estúdios tem inspirado outra tendência: a oferta de Pilates dentro dos próprios hospitais. Na Clínica Mayo, centro de referência médica mundial, localizada nos Estados Unidos, o interesse nos benefícios que a técnica pode oferecer a pessoas doentes é tão grande que a instituição está realizando uma pesquisa para delinear melhor os ganhos obtidos. “Há um grande número de pessoas que tiveram câncer aderindo ao método”, informa a médica Daniela Stan, da instituição americana. A pesquisadora está concluindo um estudo com 15 mulheres, previsto para ser publicado no início de 2012. Durante três meses, as voluntárias participaram de aulas na instituição sob os olhos atentos de Daniela. “Há melhoria dos movimentos no lado do corpo afetado pela doença, assim como maior flexibilidade”, disse à ISTOÉ. “Também notamos melhora no humor e na satisfação com o corpo.”

Outra instituição a oferecer aulas é o prestigiado M. D. Anderson Cancer Center, também nos Estados Unidos. Por lá, pacientes que têm ou tiveram tumor de mama podem usufruir de uma aula por semana, indicada para ajudar no controle dos sintomas, como dor e fadiga. Na Suny Upstate Medical University, em Siracusa (EUA), as indicações são mais amplas. “Usamos para ajudar na reabilitação de pessoas com problemas músculo-esqueléticos”, contou à ISTOÉ Karen Kemmis, fisiologista do exercício e responsável pelo serviço. “Se alguém, por exemplo, sofre com dor no ombro e minha avaliação mostra que essa pessoa não tem um bom controle do movimento nessa região, usamos o Pilates para melhorar os padrões de movimento, prevenindo a ocorrência de mais prejuízos na área”, explicou.

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No centro americano, o método é utilizado ainda para auxiliar na reabilitação de portadores de doenças neurológicas. “Entre eles estão indivíduos com doença de Parkinson e que sofreram acidente vascular cerebral”, contou Karen. Nesses casos, além de contribuir para a melhora de movimentos prejudicados, estimula a habilidade de concentração.
A tendência de implementar estúdios em hospitais já começa a ser vista também por aqui. Exemplos são os hospitais Brasil, Integrante da Rede D’Or, e Albert Einstein, ambos em São Paulo. “Usamos como continuidade do tratamento ortopédico em pacientes que tiveram alta”, explica a fisioterapeuta Simone Przewalla, do Albert Einstein.
A instituição atende em média 20 pessoas por mês. “É uma atividade segura, que preserva bastante as articulações”, acrescenta Simone. A equipe responsável pelas aulas é formada apenas por fisioterapeutas. E o cuidado é intenso. “O médico nos manda uma carta dizendo o que o paciente tem, o que ele não pode fazer e quais objetivos devem ser atingidos”, diz a fisioterapeuta Marta Cordeiro Pereira, do Hospital Brasil. No Rio de Janeiro, a técnica está na lista das atividades sugeridas pela Clínica Cardiomex, coordenada por médicos especializados em medicina do esporte e cardiologia. “Entre outros benefícios, o Pilates reduz o estresse”, diz a cardiologista Isa Bragança.

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Mas não só o uso clínico do método tem merecido atenção dos cientistas. Responder a perguntas ainda não esclarecidas na área do fitness também é objeto frequente das pesquisas. Quem busca o Pilates apenas como uma forma de malhação vê na prática um modo de ganhar força e flexibilidade. E, claro, melhorar a definição da área abdominal. Mas será que isso pode mesmo ser atingido? De acordo com os pesquisadores que têm se dedicado a estudar a prática, sim. E a boa notícia é que os resultados aparecem pouco depois das primeiras aulas. Foi a conclusão à qual chegaram pesquisadores do Centro de Saúde da Turquia. Ao acompanhar um grupo de 38 mulheres sedentárias, eles perceberam que cinco semanas após o início das aulas o corpo já respondia aos estímulos dados pelos exercícios. Nas 21 voluntárias submetidas à técnica houve aumento da força nos músculos abdominais e melhora na flexibilidade. Pesquisa semelhante realizada na Universidade do Estado do Colorado (EUA) constatou esses mesmos ganhos entre voluntários de meia-idade. “E os benefícios foram percebidos com a prática de exercícios de intensidade relativamente baixa, que podem ser realizados sem aparelhos”, anotou no estudo June Kloubec, coordenadora do trabalho.
Mas há o outro lado da moeda. Após testes realizados para o Colégio Americano de Medicina do Esporte pela pesquisadora Michele Olson, da Universidade de Auburn, no Alabama (EUA), acendeu-se o alerta vermelho para a crença de que o Pilates pode ser usado como método de emagrecimento por si só. O que Michele constatou foi que a queima calórica das aulas da modalidade é baixa. No nível básico, uma hora de Pilates equivale a menos de 200 calorias. “Pilates é um treino de força e resistência”, disse Michele à ISTOÉ. “Se a pessoa quer queimar calorias, o melhor é praticar corrida ou spinning”, acrescentou. Isso não significa dizer, porém, que é preciso trocar o estúdio pelo tênis. O Pilates pode ajudar a emagrecer. “Ao começar a praticar, o aluno percebe mudanças positivas no corpo, como força, alinhamento postural, menos dores”, diz a fisioterapeuta Kátia Pinho, do Studio Airmid, de São Paulo. “Sua autoestima aumenta muito, o que é fundamental para iniciar um programa de emagrecimento.”
Além disso, ele contribui para manter o peso. O trabalho muscular aumenta a massa magra no corpo que, por sua vez, potencializa o consumo calórico do organismo. Na prática, quer dizer que ganhar músculos (e para isso o Pilates é muito válido) aumenta a quantidade de calorias consumidas pelo corpo para manter-se, pois as células musculares gastam mais energia para funcionar do que as células de gordura. Mais uma das qualidades do Pilates.

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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O exercício físico é associado ao bem-estar de seus praticantes

26/09/2012 03:02

Foto: Photoxpress

Por Rafaela Porto

Instrutora Certificada STOTT PILATES ™
Coordenadora Técnica da 
Pilates StudioFit CREF 04836-G/SP
Dentre suas diversas manifestações, a corrida apresenta-se com uma das modalidades com grande número de adeptos, tanto pela facilidade em sua prática, como pelos benefícios para a saúde e o baixo custo. Por essas e outras razões, os indivíduos que a praticam, seja no âmbito competitivo ou recreativo, estão expostos aos eventuais riscos associados.A realização de exercícios de maneira exaustiva, sem orientação ou de forma inadequada, pode contribuir para o aumento do numero de lesões esportivas, dentre os fatores, os intrínsecos destacam-se a idade, o sexo, a experiência, aptidão, alem de outros aspectos. Os fatores extrínsecos são o treinamento, o tipo de atividade e as condições climáticas, entre outras.
 

Em um estudo onde foram entrevistados 6.596 indivíduos, 335 (5,1%) relataram ter sofrido algum tipo de lesão durante o ultimo mês. Também, 46% dos homens e 15% das mulheres referiram que as lesões estavam associadas a pratica de exercícios ou esportes. No Brasil, não são muitos os relatos sobre a prevalência de lesões. Apesar de as evidencias apontarem crescente numero de lesões, em especial entre corredores, ainda existe certa divergência sobre os fatores que podem influenciar a ocorrência desses agravos.Essas constatações dificultam a realização de intervenções que possam prevenir a ocorrência de lesões nessa modalidade e também auxiliar no aumento da performance de seus praticantes.
Encontra-se ainda na literatura a diminuição na prevalência de lesões a partir dos 60 anos de idade, sendo que os sujeitos entre 40-60 anos são mais acometidos quando comparados com aqueles com idade inferior a 40 anos. Essas evidências sugerem que o decréscimo da ocorrência de lesões observado com o aumento da idade deve-se a redução na freqüência e intensidade da atividade física com o decorrer do envelhecimento.
Também foi verificado que a corrida e uma das atividades em que as lesões mais ocorrem quando comparando a prática esportiva e de caminhadas, em especial nos membros inferiores. Um dos aspectos que podem influenciar a ocorrência das lesões é a intensidade do treinamento.
Portanto, atividades como o Pilates não só podem como também devem fazer parte dos treinos de atletas principalmente porque o praticante sente benefícios imediatos em seu corpo, como: melhora na postura e alinhamento corporal, aumento da consciência corporal, alívio de tensões e dores, melhora do alongamento e flexibilidade, desenvolvimento do equilíbrio e coordenação motora, fortalecimento e estabilização dos músculos, diminuição no impacto das articulações. Consequentemente a prática leva a uma considerável melhora no desempenho atlético e funciona como eficiente forma de prevenir lesões.

terça-feira, 9 de outubro de 2012


Tabela ajuda a evoluir da caminhada à corrida em 1 mês
17 de setembro de 2012  08h00

Uma das formas de passar da caminhada à corrida é alternar as intensidades da atividade, aumentando gradativamente os trechos de corrida. Outra .... Foto: Shutterstock
Uma das formas de passar da caminhada à corrida é alternar as intensidades da atividade, aumentando gradativamente os trechos de corrida. Outra estratégia é aumentar aos poucos a velocidade da caminhada e começar a executar o gesto de corridaFoto: Shutterstock

Para quem começa a se exercitar e inicia com a caminhada, é natural desejar partir para a corrida após algum tempo. Para evoluir no esporte com segurança, no entanto, escolha um modelo de tênis com bom amortecimento, para proteger as articulações e a coluna, e procure aumentar a velocidade das passadas gradativamente, para que o corpo se adapte a cada novo estímulo. Também é fundamental exames médicos em dia para avaliar a intensidade ideal do exercício de acordo com a aptidão física.

"Existem diferentes metodologias durante essa transição. Uma das mais populares é alternar pequenos trechos de corridas com a caminhada. Outra estratégia é aumentar ligeiramente a velocidade da caminhada e começar a executar o gesto de corrida", orienta Emerson Bisan, diretor-técnico da assessoria esportiva Nova Equipe.

Se você quer realmente passar a correr, siga esta planilha de quatro semanas elaborada pelo treinador para pessoas que já caminham durante 1h sustentando um bom ritmo.


SEMANASEGUNDATERÇAQUARTAQUINTASEXTASÁBADODOMINGO
1
10'CA
20¿ LE
10' CA
5 X (2' MO / 2' CA)
OFF1h CA
10' CA
20' LE
10' CA
5 X (2' MO / 2' CA)
OFF
2
10' CA
25' LE
10' CA
6 X (3' MO / 2' CA)
OFF1h CA
10' CA
30' LE
10' CA
6 X (3' MO / 2' CA)
OFF
3
10' CA
35' LE
10' CA
7 X (4' MO / 1' CA)
OFF1h CA
10' CA
40' LE
10' CA
7 X (4' MO / 1' CA)
OFF
4
10' CA
45' LE
10' CA
8 X (5'MO / 1' CA)
OFF1h CA
10' CA
50' LE
10' CA
8 X (5' MO / 1' CA)
OFF



Legenda
Intensidade e frequência cardíaca
CA = caminhada 
LE = corrida em ritmo leve (55%-65% FC Máx)
MO = corrida em ritmo moderado (65%-75% FC Máx)
(') = duração do intervalo em minutos
OFF = dia de descanso


Roda Livre
Especial para o Terra
Fonte: http://esportes.terra.com.br/atletismo/corrida-de-rua/noticias/0,,OI6145054-EI20474,00-Tabela+ajuda+a+evoluir+da+caminhada+a+corrida+em+mes.html

Invista na corrida para acabar com as celulites
13 de setembro de 2012  08h00

Ao ativar a circulação e atuar contra a retenção de líquidos, os treinos ajudam a diminuir significativamente as celulites. Foto: Shutterstock
Ao ativar a circulação e atuar contra a retenção de líquidos, os treinos ajudam a diminuir significativamente as celulitesFoto: Shutterstock
O exercício aeróbico não só acelera o metabolismo da gordura como também melhora a circulação local e reduz a retenção de líquido, fatores importantíssimos para combater as malfadadas celulites. "Claro que o tratamento deve ser multifatorial, sendo importante associar exercício aeróbico a uma dieta balanceada, principalmente com moderação de carboidratos, gorduras e sódio", diz Carla Vidal, dermatologista,de São Paulo (SP).

"A corrida desenvolve gradativamente tônus muscular e a praticante fica com o corpo mais firme. Além disso, o próprio esporte exige que a praticante passe a dar atenção a outros aspectos como alimentação, hidratação e descanso, ajudando a controlar fatores que desencadeiam a celulite", pontua Eliana Reinert, diretora-técnica da assessoria esportiva homônima, de São Paulo (SP).

Os resultados dependem de respostas individuais de cada organismo e também do grau da celulite. Mas, em geral, a melhora é perceptível a partir do terceiro mês, mantendo, no mínimo, três ou quatro sessões de treinos por semana. "Com os efeitos positivos, a corredora fica mais confiante e vê a corrida como aliada", complementa Eliana. "Percebo que minhas alunas superam sempre suas expectativas, se renovam e realmente constatam a abrangência dos benefícios do esporte."

De acordo com a dermatologista Adriana Vilarinho, também de São Paulo (SP), os treinos atuam principalmente sobre a celulite conhecida por ter o aspecto de "casca de laranja". "Quando a celulite já aderiu aos tecidos em forma de fibrose, formando um aspecto chamado 'capitonê', é preciso realizar um procedimento de microcirurgia no consultório e finalizar com um preenchimento corporal à base de ácido hialurônico",explica.

Para ela, imediatamente após o início da prática já começa a ocorrer uma melhora devido à drenagem provocada pelo exercício. Porém, para que os resultados sejam obtidos mais rapidamente, depois de se adaptar aos treinos, a praticante pode aumentar os treinos para cinco sessões de 40 minutos por semana. "Além disso, tratamentos com massagens e laser infravermelho também colaboram para deixar a pele mais firme e ajudar nesse processo de combate às celulites", pondera.

Roda Livre
Especial para o Terra
Fonte:http://esportes.terra.com.br/atletismo/corrida-de-rua/noticias/0,,OI6150808-EI20474,00-Invista+na+corrida+para+acabar+com+as+celulites.html?ECID=BR_RedeSociais_Facebook_0_Noticia#tarticle