Para que serve a auto liberação miofascial
Por Rafaela Porto
Instrutora Certificada STOTT PILATES ™
Coordenadora Técnica da Pilates StudioFit
Alguns clientes se queixam de tensões
musculares e outros, os profissionais por terem um bom olhar clínico,
conseguem observar certos desequilíbrios musculares. Se no
Pilates diminuímos as tensões e dores, porque não trabalharmos
com esses clientes em nossa sala de aula? Para isso precisamos entender como o
processo de tensão muscular acontece.
O tecido conjuntivo que envolve os músculos
são bem duros e abraçam as fibras musculares fortemente,
dependendo do corpo Isso pode comprimir a expansão e o crescimento das fibras
musculares. Para ocorrer à hipertrofia muscular, a fáscia (tecido que envolve
seu corpo) precisa estar alongada e maleável para deixar as fibras musculares se
expandirem, o que não acontecerá por conta de encurtamentos e
tensões.
Estudos comprovam que o tempo recomendado é de 5 minutos de
auto liberação miofascial para diminuir a densidade do músculo,
o modo como o músculo responde aos estímulos aumentando a
densidade do tecido conjuntivo. Sempre a liberação é seguida de alongamentos
estáticos e por fim aquecimento dinâmico. A partir disso aplicamos a preparação
para o movimento e a execução do exercício propriamente dita.
Esse processo não tem tempo determinante uma vez que a tensão muscular pode
estar sendo ocasionada por insegurança após trauma causado por
algum acidente.
Foto: mundoverde.com.br
Depoimento de Cristina Yumi (aluna em formação STOTT
PILATES): “Passei 10 dias em curso de formação/reciclagem realizando
repertório de exercícios em Pilates que outrora eram muito
complicados e arriscados para mim (devido a uma queda de um
aparelho de ginástica olímpica sofri uma lesão na coluna
lombar). Alguns movimentos tão arriscados foram se
tornando mais seguros à medida que passei a conhecer algumas leis que vigoram
para proteger áreas instáveis das articulações da coluna. Na
realidade, quando respeitamos a biomecânica do nosso corpo,
caminhamos e nos movemos com mais liberdade e segurança. Eu realmente gostaria
de passar esta experiência para muitos dos clientes que devem também se sentir
assim limitado ou aprisionado pelo desconforto e insegurança em movimentar-se.
Às vezes, até se movem, mas com a premissa de algo ruim acontecer, por isso seus
músculos em sinal de defesa e de alerta constantes se tencionam tanto. Hoje, eu
sei que este é um sentimento que não precisa mais acompanhar a nossa caminhada
principalmente através de exercícios de liberação
miofascial.”
COMO TRATAR?
Através de atos sensoriais,
cognitivos e emocionais! Basicamente isso se
resume em: o que os clientes sentem em seus corpos, o que pensam que está
acontecendo com eles e como se sentem sobre o que está acontecendo. Cada
dimensão pode ser uma barreira ou um facilitador para sua
recuperação.
Os princípios de um bom tratamento são:
1) Liberação da barreira principal;
2) Alinhamento postura correta, mudança de
estratégia postural;
3) Nova estratégia neuromuscular;
4) Elaboração de movimentos e tarefas
posturais ou a construção de um movimento de acordo com as atividades diárias do
cliente.
Um profissional qualificado vai sempre encontrar estratégias
para mudar e avançar os benefícios aos seus clientes, ou seja,
capacitá-los através do conhecimento, movimento e consciência corporal.
Fonte: http://www.revistapilates.com.br