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terça-feira, 24 de julho de 2012


Longevidade + qualidade de vida = exercícios regulares


Fonte: Cyberdiet

Fisioterapia e qualidade de vida:
Ter vida longa é o que todo mundo procura. Todos almejam retardar o envelhecimento o máximo possível, mas ao mesmo tempo ter uma boa qualidade de vida quando envelhecer.

Dia 31 de março é o Dia Mundial da Saúde e para ter saúde, é indiscutível a presença da atividade física no dia-a-dia. Afinal, de nada adianta viver muito tempo sem poder se locomover facilmente por falta de condicionamento físico, ou não conseguir amarrar o próprio sapato por falta de flexibilidade, além de muitas outras coisas que uma pessoa idosa e sedentária não consegue fazer.

Aí entra em questão o fator manter-se ativo. Isto é de fundamental importância para viver bem e de forma saudável. É clara a diferença (em todos os sentidos) de uma pessoa sedentária e de uma pessoa que praticou e pratica esportes regularmente. Na grande maioria dos casos a pessoa que pratica esportes tem uma qualidade de vida muito melhor do que a sedentária.

Sabemos que o único meio de prevenir os males da inatividade é permanecer ativo, não durante um mês, mas durante toda a vida. A saúde é, na maioria das vezes, um fator que podemos controlar através da prevenção do surgimento de algumas doenças.

Verifique, a seguir, algumas vantagens que a atividade física proporciona:

  • As pessoas ativas têm vida mais intensa e apresentam mais vigor. São mais auto-confiantes, menos deprimidas e estressadas.
  • Uma pessoa ativa, tem tendência a ter o seu peso dentro da faixa normal e a mantê-lo com mais facilidade e por mais tempo do que a sedentária.
  • O ativo apresenta pressão arterial e freqüência cardíaca mais baixa do que o sedentário tanto em repouso quanto em atividade, desta forma, o ativo suporta por mais tempo o exercício enquanto o sedentário tem certas limitações cardiovasculares.
  • A pessoa ativa tem maior VO2 (volume de oxigênio pulmonar) e suporta atividades de longa duração com mais facilidade no quesito respiração.
  • A atividade física melhora a postura e a flexibilidade, fundamental para as atividades do dia-a-dia.
  • A atividade física também ajuda a combater os maus hábitos como o fumo, por exemplo.
  • O indivíduo ativo possui maior resistência às doenças.

    Na ausência de exercícios físicos diários, o corpo se torna depósito de tensões acumuladas e, sem canais naturais de saída para essas tensões, os músculos tornam-se fracos e tensos. O ideal é praticar atividade física durante toda vida, mas, independentemente disto, é possível recuperar uma existência mais saudável e gratificante em qualquer idade.

    Algumas atividades são muito importantes como a musculação, os exercícios aeróbios e os alongamentos. Mas se você não gosta de alguma destas atividades, faça aquela que você sinta prazer, caso contrário esta não será duradoura.
  • Lesão do Manguito Rotador

    O ombro é a articulação de maior mobilidade do corpo humano e como consequêcia uma das mais vulneráveis do ponto de vista de lesões. A estabilização desta articulação classificadacomo sendo do tipo gleno-umeral é devida, em grande parte, à ação dos músculos: subescapular, supra-espinhal, infra-espinhal e redondo menor, cujos tendões se fundem e constituem o que chamamos de manguito rotador. As principais funções deste grupo muscular é a de fazer a abdução, rotação externa e interna do ombro.

    As lesões do manguito rotador podem ocorrer devido a degeneração ligamentar, traumatismo, uso excessivo da articulação (atividades realizadas com as mãos acima da cabeça), ou problemas vasculares. Geralmente acometem com maior predominância indivíduos do sexo masculino, acima dos 40 anos de idade, porém esses números tendem a mudar rapidamente devido ao grau de complexidade que os trabalhos atuais estão exigindo de ambos os sexos, associados ao alto grau de sedentarismo da população.
    Com a lesão do ombro aparecem sintomas fáceis de identificar, entre eles: dor profunda e irradiada, diminuição da amplitude de movimento em especial ao afastar lateralmente o braço (abdução de ombro), diminuição da força muscular devido a imobilidade e por fim uma hipomobilidade escapular.

    Dentre as fases de evolução da lesão podem ocorrer edema, hemorragia, fibrose, inflamação , até ruptura do tendão em casos mais graves. Os pacientes portadores de lesão do manguito rotador podem ser divididos em 3 grupos:I- aqueles sem risco de desenvolver alterações irreversíveis num futuro próximo com o tratamento não cirúrgico (apresentam tendinite ou rupturas parciais e podem ser tratados de forma não cirúrgica);II- aqueles em risco de desenvolvê-las (portadores de lesão completa ou médias, tratados cirurgicamente);

    III- aqueles que já as desenvolveram (geralmente acima dos 70 anos de idade portadores de rupturas crônicas);
    Nas fases iniciais da lesão do manguito rotador objetiva-se o controle da dor, através do repouso, utilização de anti-inflamatórios não esteróides, crioterapia, manutenção da amplitude de movimento e cinesioterapia com uso de alongamentos. Após o controle da dor e da melhora da mobilidade a fisioterapia deverá buscar fortalecer gradualmente a força muscular do grupo manguito rotador e em seguida da musculatura abdutora de ombros (deltóide). Associado a isso o paciente deverá reeducar auas atividades de vida diária, evitando permanecer lonos periodos com os braços elevados acima da cabeça e cuidar principalmente com a elevação de cargas excessivas.
    Aos primeiros sinais de dor, edema e principalmente perda da amplitude de movimento deve-se buscar uma avaliação médica com um ortopedista e caso seja realmente necessário este lhe encaminhará para um serviço de fisioterapia. Uma detecção precoce da lesão pode ser fator crucial na reabilitação do paciente.

    O principal grupo muscular responsável pela movimentação do ombro é o manguito rotador. O manguito rotador é formado pelos seguintes músculos: supra-espinhoso, infra-espinhoso, subescapular e redondo menor. Possui inserção tendinosa no úmero, facilitando a estabilidade articular e propiciando movimentação.
    Tendinite do manguito rotador - Também denominada síndrome do impacto é a mais comum causa de dor no ombro, ocorre com maior frequência acima dos 40 anos de idade, com predominância da etiologia traumática.. Pode ser aguda ou crônica e pode estar ou não associada com depósito cálcico tendíneo. O achado mais característico é dor à abertura lateral (abdução) ativa do braço entre 60° e 120°. Em casos severos, entretanto, a dor pode ocorrer desde o início do movimento de abrir os braço.
    A tendinite aguda tende a ocorrer em indivíduos mais jovens e mais freqüentemente evoluem com calcificação na inserção do tendão supra-espinhoso. Os depósitos são melhor visualizados nos exames radiográficos planos em rotação externa. Estes depósitos podem resolver espontaneamente.

    A tendinite crônica do manguito rotador se apresenta como dor na região lateral do ombro (músculo deltóide) e ocorre com vários movimentos, especialmente abrir o braço e rotação para dentro. Os pacientes referem dificuldades para se vestir e dor noturna.

    A tendinite do manguito rotador tem muitos fatores, porém a sobrecarga sobre a articulação geralmente é a principal. Fatores relacionados à idade incluem degeneração e diminuição na vascularização dos tendões do manguito, bem como redução da força muscular.

    Osteófitos na porção inferior da articulação acrômio-clavicular ou trauma agudo da região do ombro contribuem para o desenvolvimento da tendinite e processos inflamatórios, tais como a artrite reumatóide, podem causar tendinite do manguito rotador.

    Evolução das lesões

    Sabe-se que o impacto causando atrito e posterior degeneração ocorre durante a elevação anterior do braço, ocorrendo contra superfície inferior do acrômio.
    Alguns autores descrevem três fases clínicas:
    - Fase I: abaixo dos 25 anos, ocorrendo dor aguda após esforço prolongado. Nesta fase há edema e hemorragia em nível de bursas e tendões;
    - Fase II: entre 25 e 40 anos de idade e já começa fibrose e espessamento da bursa subacromial, além da tendinite. Paciente queixa de dor noturna e após atividades. Pode ocorrer ruptura parcial do manguito rotador;
    - Fase III: acima dos 40 anos. Paciente apresenta dor contínua com perda da força de mobilização devido à ruptura completa de um ou vários tendões.

    O tratamento consiste em repouso articular, aplicação de calor local ou de gelo ou de ultra-som, com exercícios específicos tolerados pelo paciente. Os antiinflamatórios não hormonais são benéficos.

    Ruptura do manguito rotador - Rupturas do manguito rotador são facilmente identificadas após lesões traumáticas. Fratura da cabeça umeral e luxação do ombro devem ser sempre consideradas. Porém, aproximadamente metade dos pacientes não apresentam antecedente de trauma. Nestes casos, degeneração do manguito rotador ocorre gradualmente, resultando em ruptura incompleta e eventualmente em ruptura completa.

    As rupturas são classificadas como pequena (<> 5 cm)(8). Dor no ombro, fraqueza ao movimento de abrir o braço e perda da mobilidade ocorre em vários graus, variando de dor importante e discreta fraqueza à ausência de dor e fraqueza severa. Sinal de queda do braço com incapacidade para manter 90° pode estar presente em grandes ou severas rupturas. O tratamento cirúrgico é indicado nestas situações.

    O diagnóstico de ruptura do manguito é estabelecido por artrografia que mostra comunicação entre a cavidade gleno-umeral e a bursa subacromial. A ultra-sonografia e a ressonância nuclear magnética (MRI) também podem identificar rupturas do manguito. Pequenas rupturas, completas ou incompletas, são tratadas conservadoramente com repouso, terapia física e uso de antiinflamatórios não hormonais.

    Referências:

    Fellet AJ, Scotton AS, Fraga RO, Zagueto Z: Ombro doloroso. Rev Bras Med 57:157-167, 2000.

    Frieman BG, Albert TJ, Fenlin JM Jr.: Rotator cuff disease: a review of diagnosis, pathophysiology and current trends in treatment. Arch Phys Med Rehabil 75:604-609, 1994.

    Naredo AE, Aguado P, Padron, et al: A comparative study of ultrasonography with magnetic resonnance imaging in patients with painful shoulder. J. Clin Rheumatol 5:184-192, 1999.

    Fonte:http://sotstenio.blogspot.com.br/2009/04/lesao-do-manguito-rotador.html

    quinta-feira, 19 de julho de 2012


    Dupla eficiência - corrida e pilates!

    Correr e praticar Pilates pode ser a combinação perfeita para quem busca equilíbrio entre a parte física e mental
    Texto: Suely Tambalo


    De todas as mudanças que notamos após iniciar um trabalho de treinamento físico, seja ele de qualquer modalidade, a que primeiro se destaca é o aumento da energia vital, da disposição e do entusiasmo de viver. Isso vem antes mesmo de se manifestarem visivelmente as mudanças físicas, como o fortalecimento muscular, melhora da condição cardio-respiratória etc.


    A capacidade de adaptação do corpo ao treinamento proporciona gradativamente, não só uma melhora nos níveis de desempenho nas habilidades motoras e capacidades físicas, como uma gratificação emocional, um reconhecimento da própria capacidade de superação e uma melhora considerável na autoestima.


    Muito se diz sobre a endorfina liberada durante as corridas prolongadas, responsabilizando-as pela chamada "euforia do corredor". Em contrapartida, já se sabe também que corredores com a síndrome de overtraining (excesso de treino) têm uma redução no desempenho e apresentam níveis mais baixos de endorfina, sensação geral de letargia e até depressão.
    Os primeiros estudos sobre a influência da atividade física no bem-estar, na redução dos níveis de estresse e melhora da concentração e produtividade datam dos anos 60. Comprovou-se que as atividades aeróbias, como correr, proporcionam melhora do humor e melhoram significativamente a saúde mental.


    Hoje, tanto tempo depois, ainda pode parecer estranho que atividades físicas tenham efeitos tão poderosos na mente. É que nos esquecemos que o cérebro é parte do corpo e a mente é a maneira pela qual o cérebro se apresenta.
    Cada pensamento ou emoção é resultado de um padrão específico de atividade química e elétrica entre o cérebro e o resto do corpo.

    Enquanto corremos, o corpo libera fenilalanina, um neurotransmissor estimulante que aumenta a atividade e agilidade mental. Por isso, após a prática de exercícios físicos, geralmente somos capazes de nos concentrar mais e melhor.


    John Ratey, um dos maiores especialistas do mundo sobre os efeitos do exercício no cérebro, escreveu "[os exercícios] fazem o cérebro funcionar em seu melhor nível, e na minha visão, esse efeito das atividades físicas é muito mais importante do que os seus efeitos no corpo. Formar músculos e condicionar o coração e pulmões são essencialmente efeitos colaterais."


    O Pilates
    Muito antes de esses estudos confirmarem os benefícios da atividade física, Joseph Pilates, na década de 30, já afirmava isso por meio da "Contrologia"- nome dado por ele ao seu método, que era possível atingir a saúde perfeita, alcançando a completa coordenação do corpo, mente e espírito.

    "Por meio dela, você adquire primeiro o controle de seu próprio corpo e depois, com repetições apropriadas dos exercícios, adquire gradual e progressivamente um ritmo natural e a coordenação associada às atividades do subconsciente. Esse ritmo verdadeiro e o controle são observados tanto em animais domésticos como em animais selvagens, sem exceções conhecidas."( Joseph H. Pilates e Willian John Miller (1945) – O retorno a vida pela contrologia).


    Seu método baseia-se nessa constatação e os seus seis princípios (respiração, acionamento do centro de força, fluidez, controle, concentração e precisão). Eles norteiam a maneira como devemos nos mover para alcançar esse objetivo. Aliar o treinamento de corrida à prática de Pilates nos traz, além dos benefícios físicos que ajudam a melhorar o desempenho da corrida, uma maneira totalmente eficiente de se movimentar de maneira consciente.


    Joseph H. Pilates dizia que "Idealmente, os músculos deveriam obedecer a nossa vontade. Racionalmente, nossa vontade não deveria ser dominada pela ação reflexa de nossos músculos. Quando as células cerebrais são desenvolvidas a mente também é. A Contrologia estimula milhares e milhares de células cerebrais inativas, ativando novas áreas e estimulando um funcionamento maior da mente."
    Hoje a comunidade cientifica cada vez mais valida os conceitos de Joseph Pilates e, diferente do que foi na sua época, seu método se difunde em todo mundo com o reconhecido respeito, como ele desejava.







    sexta-feira, 6 de julho de 2012


    Pilates X Ombro Congelado ou Capsulite Adesiva

    November 25th, 2011 by Revista Pilates
    Imagem: ClubedoPilates

    Ombro congelado, também conhecido como Capsulite Adesiva, é a perda da movimentação ativa e passiva do ombro, ou seja, o ombro fica rígido e dolorido.

    Esta alteração ocorre principalmente em pacientes entre 40 e 60 anos e não está relacionado ao sexo, braço dominante ou profissão.

    O ombro congelado não está ligado a algum trauma no ombro. Quando o paciente fica com o movimento do ombro limitado por semanas, meses ou anos por causa de uma lesão, a cápsula em volta da articulação do ombro pode se tornar rígida e desenvolver tecido fibroso, causando adesão na articulação.

    Os pacientes progridem de uma fase de rigidez matinal, acompanhada de dor e perda progressiva do movimento do ombro para uma fase de “descongelamento” com diminuição do desconforto associado a uma melhora lenta da movimentação da articulação.

    Geralmente o processo leva de 6 meses a 2 anos ou mais para recuperar a lesão, nesse período a maioria dos pacientes sofre de dor leve porém constante e déficit de funcionalidade do braço.

    Os movimentos mais difíceis de serem realizados pelos pacientes são, geralmente, erguer o braço acima da cabeça ou coçar as costas, as mulheres relatam muita dificuldade de abrir e fechar o sutiã.

    O médico provavelmente encaminhará o paciente para a fisioterapia para que um programa de exercícios supervisionado seja realizado.

    Pilates intervém de forma eficiente para a manutenção da fisioterapia convencional, bem como o fortalecimento muscular necessário. Após uma avalição do quadro, o instrutor do método prescreverá exercícios que dão continuidade ao estímulo das mobilizações glenoumeral, esternoclavicular, acromio clavicular e escapulocostal, focando a separação, rolamento, deslizamento e giro das articulações. Sendo o Pilates um método que constrói o equilíbrio muscular, o aluno/paciente também executará exercícios de alongamento, a fim de aumentar o comprimento dos tecidos moles encurtados na patologia, auxiliando a amplitude dos movimentos; além de exercícios de fortalecimento muscular, uma vez que a amplitude da articulação glenoumeral esteja restaurada. Através do Pilates, a função do manguito rotador e deltóide também se beneficia com a coordenação e propriocepção. Desta forma, é possível recuperar a função da região acometida, criando caminhos à qualidade de vida.

    O médico poderá prescrever medicamento antiinflamatório e aplicar uma injeção com medicamento corticosteróide na articulação do ombro.

    Quando o ombro estiver dolorido é importante usar compressas de gelo por 8 minutos, seguidos de 3 minutos sem ele, esse ciclo deve ser repetido até completar 20 ou 30 minutos. Pode ser feita 3 ou 4 vezes ao dia. Em caso de não haver resposta à terapia, o médico poderá sugerir uma “manipulação sob anestesia”. Neste procedimento, o paciente recebe anestesia geral e o médico moverá o ombro em várias direções para soltar a aderência, na cápsula do ombro.

    O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente. Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
    O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando:
    • O ombro lesionado estiver com total capacidade de movimento, sem dor.
    • O ombro lesionado tiver recuperado a força normal, comparado ao ombro não lesionado.

    Fonte: ClubedoPilates

    terça-feira, 3 de julho de 2012

    Alongar ou não alongar?

    Alongar ou não alongar?


    Alguns mitos sobre os benefícios do alongamento vêm sendo derrubados por pesquisas científicas recentes. Em contrapartida, seus ganhos em prol do aumento de flexibilidade, da força e na diminuição de dores crônicas são comprovadamente reais.


    por Leonardo Valle Fotos Danilo Tanaka


    A indicação dos alongamentos varia bastante de profissional para profissional. Essa falta de consenso entre educadores físicos, fisioterapeutas e ortopedistas foi o estopim para que centros universitários de todo o mundo se debruçassem em estudos sobre o assunto. Os resultados, entretanto, foram bem diferentes do que se esperava. A primeira informação contestada é a de que os alongamentos podem prevenir lesões quando praticados antes ou depois das atividades físicas. Os pesquisadores Robert Herbert e Marcos de Noronha, da Universidade de Sydney, revisaram dez estudos sobre o tema e não encontraram diferenças estatísticas entre os grupos que se alongavam e os que pulavam a atividade.


    Para evitar acidentes, o mais indicado seria investir nos chamados exercícios de aquecimento, como polichinelos ou pequenas corridas sem sair do lugar. "O alongamento não tem a função primordial de aquecimento. Para aquecer é importante aumentar o fluxo de sangue nos vasos sanguíneos e músculos", explica Debora Reis Garcia, professora do curso de educação física da Universidade São Francisco (USF).

    Efeito analgésico
    Ironicamente, a coisa muda de fIgura nos estudos em que são avaliados pacientes com dores crônicas. Nessas situações, o alongamento sai na frente de práticas consideradas consagradas no alívio da dor. Uma pesquisa liderada pela pesquisadora Karen Sherman e publicada na revista Archives of Internal Medicine dividiu pacientes que sofriam dores crônicas na lombar em três grupos: aqueles que tiveram aula de alongamento, de ioga ou que apenas leram livros sobre como lidar com o problema. Três meses depois, os participantes que se esticaram foram os que mais relataram melhoras na dor sem o uso de medicamentos.


    Bê-á-bá dos exercícios



    Cabeça e pescoço
    Em pé ou sentado, realize a flexão lateral da cabeça com uma das mãos, enquanto a outra fica estendida ao longo do corpo. Depois de alguns segundos, repita do lado contrário. Este exercício serve para alongar a musculatura lateral do pescoço.



    Perna
    Sentado, estenda uma das pernas enquanto a outra é flexionada. Incline o troco à frente e alongue os músculos posteriores da perna. Outra possibilidade é alongar-se em pé. Nesse caso, flexione uma das pernas com o calcanhar em direção ao glúteo. Bom para quem pratica caminhada ou esportes coletivos.


    Ombros
    Em pé ou sentado, cruze um dos braços à frente do peito. Segure-o com a mão contrária na altura do cotovelo. "O exercício é indicado para quem trabalha no computador, esportistas e donas de casa", indica Lincoln Adami, da Academia Gustavo Borges de Londrina (PR).







    Panturrilha
    Em pé, desloque uma perna à frente, enquanto a outra fica estendida atrás. Este exercício tem o objetivo de alongar os músculos da panturrilha.


    Benefícios reais
    Mas aliar os alongamentos com exercícios físicos é algo ruim? A resposta é não. Segundo Debora, alongar-se antes de suar a camisa é um modo de preparar o corpo para o esporte. "Já o alongamento feito ao final de exercícios diversos - como caminhadas, corridas ou atividades domésticas - tem como objetivo compensar a musculatura que foi mais utilizada", indica a educadora física.

    A prática também é excelente para os atletas que querem melhorar seu desempenho nos treinos. Segundo um estudo liderado por Arnold Nelson, professor associado da Universidade de Louisiana (EUA), os alongamentos periódicos aumentaram a resistência muscular, o desempenho em saltos e a força nos profissionais que se submeteram a treinos regulares. Entretanto, não é necessário exagerar na dose para conseguir bons resultados. Aumentar a intensidade dos exercícios pode potencializar microlesões musculares, principalmente nos adeptos da musculação. "O ideal é trabalhar a flexibilidade outro dia que não o da musculação ou em outro período. Mas se desejar realizá-los após o treino, a intensidade deve ser leve ou moderada", pontua.
    Por fim, alongamentos são fundamentais para aumentar a flexibilidade. Mas para aperfeiçoar essa habilidade motora é necessário ter disciplina. "Os exercícios devem ser realizados ao menos duas vezes por semana. O tempo de execução deve ser superior a 30 segundos em cada movimento", completa.

    Sinal verde
    Praticamente todo mundo pode se alongar. A restrição fica por conta de quem apresenta problemas nas articulações, nos ossos, nos músculos e na coluna, como no caso da hérnia de disco. "Em linhas gerais, todos podem praticar alongamentos, desde que orientados para a execução correta dos movimentos. Mesmo pacientes acamados, quando bem orientados, podem realizá-los", esclarece Debora.

    Mas muita gente não adere aos alongamentos porque sente um ligeiro desconforto. Salvo exceções, esse incômodo é normal. Sua aparição está vinculada ao aumento da flexibilidade de músculos e articulações. "Ele funciona como um mecanismo de alerta do próprio organismo para evitar que a sobrecarga nos tendões e articulações provoque danos. Ele deve ser tolerado em certa medida para que a flexibilidade aumente", explica.

    Muita gente não adere aos alongamentos porque sente um ligeiro desconforto. Salvo exceções, esse incômodo é normal

    Entretanto, a regra é não aumentar a intensidade dos alongamentos a ponto de extrapolar os limites pessoais. Nos alongamentos que antecedem a caminhada ou a faxina da casa, por exemplo, não há necessidade de ir além do início do desconforto. "Além disso, a duração do exercício para cada segmento corporal não deve exceder 15 segundos. Já para atletas profissionais, o grau de tolerância à dor pode ser maior", completa Debora.

    Flexibilidade ampliada
    Algumas dicas simples podem deixar os alongamentos mais eficientes, como expirar e inspirar corretamente. "A respiração aumenta a oxigenação dos músculos, a fluidez do sangue e a lubrificação das articulações. O aluno também fica mais concentrado para alcançar a amplitude do movimento", esclarece a professora.
    Usar acessórios como faixas elásticas e barras para apoio é outro segredo para potencializar a atividade. Entretanto, nada mais eficiente - e divertido - do que alongar-se acompanhado de um amigo ou em grupo. "O apoio da dupla pode ainda auxiliar no aumento da amplitude do movimento", finaliza a profissional.

    Fonte: (Quadro) alongamento) Lincoln Adami, professor da academia Gustavo Borges de Londrina (PR). 
























    Vida longa aos joelhos
    Por Fernanda de Almeida / Ilustração: Sueli Mendes


    Ninguém está imune aos males nessa articulação. Os traumas ocorrem em homens, mulheres, jovens e idosos, sedentários e atletas. Entenda quais são as melhores estratégias para poupá-los nas situações cotidianas.


    O joelho é a maior e uma das principais articulações do corpo humano. É dividido em duas articulações distintas: uma entre o fêmur e a tíbia, chamada de femorotibial e outra entre o fêmur e a patela, denominada femoropatelar. É uma articulação das mais complexas, estando sempre sujeita a lesões, tanto traumáticas como em acidentes e quedas, quanto degenerativas, como desgaste e envelhecimento.



    Essa articulação é formada na sua parte superior pelo fêmur, que é o osso da coxa, que roda sobre a tíbia, o osso da perna. Na parte anterior existe um osso arredondado, palpável, chamado patela (nova denominação para rótula). É formado por ossos e articulações, ligamentos e tendões, músculos, nervos e vasos sanguíneos. São responsáveis pela absorção de impactos, realização e controle de movimentos, suporte do peso corporal e dissipação da força da gravidade. "Apesar de tantos desempenhos e complexidades, os joelhos são mais vulneráveis a traumas, não só pelas suas funções mas pela localização anatômica", explica o ortopedista Maurício Póvoa Barbosa, especialista em Medicina do Esporte da Clínica Orthobone (SP).


    "Um em cada três indivíduos com mais de 40 anos pode vir a ter dor articular em algum momento da vida", afirma a reumatologista Fernanda Rodrigues Lima, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Um dos principais motivos é o sedentarismo, especialmente quando as pessoas querem deixar de ser sedentárias e começam a fazer algum esporte sem acompanhamento médico. Há ainda as causas relacionadas a doenças.


    As lesões de joelhos acometem homens e mulheres. O que muda é o tipo de lesão. Os homens, por exemplo, são mais suscetíveis a lesões meniscais, pois se envolvem mais em atividades com mais explosão e movimentos bruscos, como o futebol. Já as mulheres costumam ter mais sintomas relacionados à síndrome femuropatelar, pois a mecânica óssea do esqueleto feminino e a relação de força dos músculos favorecem mais esse tipo de lesão. Por outro lado, ambos os gêneros podem ser afetados por doenças reumatológicas como osteoartrite, artrite reumatoide e espondilite anquilosante, que podem dar artrite no joelho.


    Tipos de dores e lesões
    Os traumas que atingem os joelhos podem ser classificados em diretos, quando são na articulação, e os indiretos, quando provocam entorses, que são uma excessiva distensão dos ligamentos e das restantes estruturas que garantem a estabilidade da articulação.



    O problema mais comum é a artralgia, nome dado para dor articular. Na maioria das vezes ela é causada por uma sobrecarga mecânica na articulação, ou seja, excesso de peso, uso inadequado do joelho, musculatura da coxa fraca ou pouco alongada. Outras situações comuns dependem da idade. Nos idosos, por exemplo, temos a osteoartrite, que é o processo de desgaste da cartilagem do joelho, e nos jovens temos as tendinopatias dos tendões, que se situam na articulação dos joelhos, causada geralmente pela prática de esportes.


    Também podem acontecer lesões isoladas ou combinadas. As mais comuns são a lesão cruzado anterior (LCA), que afeta o ligamento responsável pela estabilidade do joelho anteriormente, não permitindo o movimento para a frente. E a lesão no menisco medial (LMM). "As mais graves, porém, são as combinadas entre LCA e lesão cruzado posterior (LCP), que afeta o ligamento posterior, responsável pela estabilidade do joelho posteriormente, não permitindo o movimento para trás, somada às lesões de ligamentos colaterais, localizados nas laterais do joelho, responsáveis pela estabilidade lateral e medial da articulação", explica Barbosa.


    Outra causa de problemas nos joelhos são as congênitas, ou seja, que surgem antes do nascimento ou nos primeiros anos de vida. Costumam se manifestar por volta dos 3 ou 4 anos de idade e são as chamadas deformidades dos joelhos varos, quando o joelho é voltado para fora e a perna para dentro, e dos joelhos valgos, quando o joelho é voltado para dentro e perna para fora, conhecido também como joelho em X. Vale salientar que o joelho varo pode ser causado também pelo raquitismo - deficiência de vitamina D.


    Atividades físicas sem risco
    Segundo a reumatologista Fernanda, estudos mostram que, em termos esportivos, o que conta mesmo para lesionar o joelho não é tanto o esporte, mas a condição prévia do joelho do esportista. Praticar esporte com um joelho previamente lesionado que não foi bem cicatrizado, com sobrepeso, com pouca força muscular, com pouco alongamento, aumenta a predisposição para uma osteoartrite, que é uma lesão definitiva nessa articulação. "Os esportistas profissionais são os que estão entre os com maior risco, pois a carga na articulação é muito alta. Os esportes com muito salto e muita rotação também aumentam a chance de maior lesão aguda, como o vôlei e o futebol", diz.





    Como prevenir e tratar Os esportes repetitivos, de alto impacto e de alto contato são os que mais prejudicam os joelhos pois exigem muita força. Para fortalecer essas articulações, a natação e a bicicleta são as atividades mais indicadas, uma vez que são mais suaves.

    As lesões que são mais comuns nos homens ...
    A lesão no menisco costuma ser as mais comum quando o assunto é atividade física. Entenda como ela acontece:
    - Os meniscos são duas estruturas cartilaginosas, que ficam dentro da articulação do joelho. São chamadas menisco medial e menisco lateral.
    - Eles funcionam para amortecer e estabilizar a articulação em determinados movimentos. A lesão em geral ocorre durante um movimento rotacional abrupto da perna.
    - Os sintomas são dor intensa, inchaço da articulação e pode acontecer também e sensação de bloqueio ou falseio da articulação.
    - O tratamento vai depender do tipo e da extensão da ruptura. É provável que haja necessidade de algum reparo eito de forma cirúrgica.
    - Algumas lesões são degenerativas e são achadas na ressonância. Nesses casos o tratamento é fisioterápico, pois estão relacionados com outras alterações na articulação do joelho.




    ... e nas mulheres
    A articulação femoropatelar, também chamada de condromalácea, é uma condição que afeta mais o sexo feminino.

    - A dor é na frente do joelho, piora quando a pessoa fica muito tempo sentada ou com o joelho muito flexionado, e pode ser acompanhada da sensação de joelho rígido.
    - Na maioria das vezes, decorre de um desbalanço de forças entre os músculos que estabilizam e alinham a patela na articulação do joelho, provocado por fraqueza ou falta de alongamento dos mesmos.
    - Em alguns casos, a articulação é excessivamente elástica ou tem algum problema congênito de "encaixe". Isso pode ser detectado no exame físico e com exames de imagem.
    - O tratamento, na maioria das vezes, é clínico e deverá incluir exercícios de reabilitação.




    O diagnóstico começa na interpretação da história que o paciente conta sobre a dor e os sintomas relacionados ao quadro junto com o exame físico, que é muito importante para definir qual ou quais componentes da articulação estão envolvidos na lesão. "Quando se suspeita de patologias reumatológicas, é importante examinar não só o joelho afetado, como também as demais articulações, pois o envolvimento pode ser do corpo todo", explica Fernanda. Mas, de maneira geral, o diagnóstico é feito pelo ortopedista mediante manobras para testar a estabilidade do joelho, podendo ser auxiliado por exames de imagem como radiografias e ressonâncias magnéticas.


    Embora muita gente tema as cirurgias no joelho por acreditar que elas sejam incapacitantes, Barbosa afirma que "na verdade isso é um mito, pois atualmente há diversas técnicas com excelentes resultados. A tecnologia e o avanço da ciência fizeram com que os riscos diminuíssem quase a 0%". Barbosa concorda e afirma que "o preparo físico e muscular é importantíssimo, tanto para atletas como não atletas. Alongar, caminhar, fazer teste ergométrico periodicamente e manter o peso, através de uma alimentação balanceada, são alguns dos procedimentos que devem fazer parte da rotina de todos. É a melhor forma de manter uma vida saudável e livre de lesões".


    O ortopedista e reumatologista são especialistas que cuidam do aparelho locomotor. Se a lesão é traumática, a melhor indicação é procurar um ortopedista. As demais dores de joelho, que surgiram sem relação aparente com um trauma específico, podem ser investigadas por qualquer um dos dois profissionais. Vale ressaltar que, se a dor aparece em mais de uma articulação e vem acompanhada de algum outro sintoma geral como febre, fadiga ou dor muscular, há uma chance de ser uma doença reumatológica. Nesse caso, é melhor já procurar um reumatologista.


    Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br





    ALONGUE-SE!!

    Os 2 tipos de alongamento mais praticados pelas pessoas são: estático e dinâmico. Conheça agora um pouco mais sobre esses métodos!
    Diferentes métodos de alongamento têm sido utilizados na prática de diversas atividades físicas no aquecimento e durante programas que visam o desenvolvimento da flexibilidade. Dentre eles, o método estático e o dinâmico que são atualmente os mais conhecidos e estudados pela literatura.
    Fonte: hipertrofia.org
    Estudos que procuraram comparar o efeito do método dinâmico e estático de alongamento não observam diferença significativa entre eles. Outras pesquisas respeitadas no ambiente da saúde como o de Coach Boyle, fizeram com que “eliminássemos” os alongamentos estáticos das sessões de treinamento e estes fossem substituídos por um “aquecimento dinâmico”.
    Não vejo o alongamento estático como um método negativo, como diz Boyle, porém concordo que o aquecimento dinâmico é uma forma mais eficiente de preparar o corpo para as sessões de qualquer atividade física. Ele confirma que prevenimos lesões e dores, e que isso pode estar relacionado também à limitação física do praticante quanto à sua flexibilidade.
    Pelo fato de o alongamento poder ser a fase mais ignorada pelas pessoas na prática de atividade física, os profissionais devem instruir seu aluno de uma forma mais direta.
    Podemos utilizar séries de alongamentos para contribuir ao aquecimento ou até mesmo após a atividade como forma de recuperação ativa!
    BOAS AULAS!!!

    Por Rafaela Porto 
    Instrutora Certificada STOTT PILATES ™
    Coordenadora Técnica da Pilates StudioFit
    Fonte: http://www.revistapilates.com.br/2012/06/06/alongue-se/